Archive for dezembro 2006
Somos a raiz do problema
Brasil
Numa tarde de sexta-feira, recebi um
telefonema de um amigo me convidando para ir a um churrasco na sua casa.
Acontece que na naquela noite eu tinha que dar aula na faculdade. O problema é
que eu queria ir ao churrasco, mas como?
Bem, eu agi como, geralmente,
todos nós agimos: fiz de conta que estava cumprindo com a minha obrigação
quando, na verdade, satisfiz o meu prazer. O churrasco começava às oito da noite
e a aula às sete e meia. Fui à faculdade, registrei a aula, fiz a chamada e
inventei uma aula de leitura na biblioteca, abandonando a turma. Saí para o
churrasco querendo acreditar que cumprira meu dever de professor.
No
churrasco, fiquei numa mesa com o dono da casa, que é médico, o amigo que estava
sendo homenageado, que é policial, um amigo do homenageado que é advogado e
político e a sua esposa que é universitária e estuda no período da noite.
O assunto era um só: a roubalheira dos nossos políticos e a passividade
da sociedade (todos nós) mediante a podridão do episódio do mensalão. Todos
estávamos revoltados e propondo soluções para o melhor funcionamento da máquina
pública e para o resgate da ética entre a classe política.
Num dado
momento, o telefone do dono da casa tocou e ele se afastou para atender.
Retornando, disse com raiva: "Não dá pra trabalhar com certas pessoas". Naquela
noite, ele estava de plantão no hospital, mas chegou lá cedo, visitou alguns
pacientes e leu "por cima", os prontuários. Depois foi para casa e deixou como
recomendação: "só me liguem em caso de extrema emergência ou se aparecerem
pacientes particulares". Estava aborrecido porque a enfermeira lhe telefonara só
porque chegou um sexagenário com suspeita de infarto. Ele "receitou"
medicamentos pelo telefone e disse que a enfermeira só devia ligar de novo se
acontecesse algo grave.
Para aliviar o clima, perguntei ao amigo que
estava sendo homenageado se já havia feito a sua mudança de casa. Ele respondeu
que sim e, que isso não tinha lhe custado nada, pois o dono da transportadora
lhe havia retribuído "um favor": meses antes, ele tinha "resolvido" uns
probleminhas de multas nos seus carros que poderiam lhe custar a habilitação e,
até mesmo, a sua empresa!
Aí, a esposa do político liga para uma colega
que também fazia mestrado para saber se ela tinha respondido à chamada por ela
enquanto ela estava no churrasco, pois ela já estava "pendurada nas faltas"
nessa disciplina e não poderia ser reprovada. E, feliz, sorriu com
a
resposta da colega: dera tudo certo.
Em um outro momento, o anfitrião
pergunta ao político como iria ficar ocaso de uma certa pessoa. E ele respondeu
que tudo estava indo bem, o problema era que na secretaria almejada já havia
alguém concursado ocupando o cargo que tal pessoa pleiteava. Mas que ele não se
preocupasse, pois estavam estudando uma medida legal (?) para transferir o "dito
cujo" de função ou de setor para a vaga "do fulano" ser ocupada por ele. "Ele é
um que não pode ficar de fora, pois foi comprometido com a gente até o fim",
finalizou.
Em meio a tudo isso, não deixávamos de falar das CPI’s, da
corrupção dos políticos e da cumplicidade da sociedade que, apática, não movia
uma palha para mudar nada.
Chegando em casa fui pensar naquela noite e
em tudo o que havia presenciado. De repente, me lembrei do escritor baiano João
Ubaldo Ribeiro, que diz:
"nós vivemos num ambiente de lassitude moral que se
estende a todas as camadas da sociedade e que esse negócio de dizer que as
elites são corruptas mas que o povo é honesto é conversa fiada. Nós somos um
povo de comportamento desonesto de maneira geral, ou pelo menos um comportamento
pouco recomendável".
O melhor era que eu não precisava fazer qualquer
pesquisa para concordar com o escritor. A sua afirmação estava magistralmente
retratada no meu comportamento e no comportamento dos meus amigos naquela noite
e naquele churrasco que eu havia freqüentado.
Para começar, eu, como
professor, roubei o povo ao fingir que estava dando aula. E estou surrupiando
(roubando) a sociedade quando marco os tão conhecidos seminários só para não dar
aulas, com a mentira disfarçada de que os alunos precisam treinar a arte de
expressar bem as suas idéias. Isso pelo fato dessa afirmação não ser verdade,
mas parte de uma verdade maior. É lógico que os alunos precisam treinar a arte
de bem expressar as suas idéias, mas só depois de serem conduzidos pelo
professor que, por sinal, é pago para fazer isso. A verdade inteira é que, quase
sempre por motivos pessoais, o professor acaba transformando o que seria uma, de
várias técnicas de ensino, em sua prática regular de ensino e o resultado é uma
enorme massa de estudantes "transfigurados", da noite para o dia, em professores
dos professores que deviam ensinar, mas não ensinam.
E o que dizer do
dono da festa, o médico que estava "tirando plantão" e que, ganhando o seu
salário, reclamou de ser incomodado, apenas porque um senhor de idade estava com
suspeita de infarto?
Somos tão convictos de que somos bons, que o médico
chegou a dizer que, se ao menos o ancião tivesse sido diagnosticado por um
profissional, então ele se sentiria na obrigação de ir atendê-lo. Ele só
esqueceu de um detalhe: se o plantonista do hospital que, por sinal era ele,
estivesse cumprindo o seu plantão, o senhor de 64 anos de idade, casado, pai de
seis filhos, aposentado e que trabalhava desde os doze anos de idade e
contribuía com a previdência há trinta, talvez tivesse sido atendido por um
profissional e não tivesse sofrido um derrame cerebral.
É interessante
vermos, também, o caso da universitária, a defensora dos valores morais. E, aqui
eu pergunto: que valores seriam esses? O famos jeitinho brasileiro que, não
custa lembrar, só virou instituição nacional porque nós lhe damos vida com as
nossas atitudes!
Acredito que mais uma vez o Brasil passa por uma
oportunidade de ouro para rever-se como país e sair crescido e melhorado de toda
essa crise.
O grande problema está nas pessoas. Em mim, em você, nas
nossas famílias, colegas, amigos e inimigos, parentes e aderentes. Se quisermos
realmente uma nação melhor temos que assumir que nós também somos recebedores do
mensalão e que, portanto, cada um de nós também é merecedor de sentar nas
cadeiras da CPI.
Recebemos o mensalão quando fazemos coisas como as
descritas acima, e também quando copiamos ou compramos CD’s piratas, quando
pagamos propinas ao guarda de trânsito para ele não nos aplicar multa, enfim,
todos nós, cada um a seu modo e com o seu preço, também é culpado, pessoalmente,
por tudo isso que está acontecendo no nosso país.
É bom não esquecer que
nossos políticos não vieram de Marte, mas do nosso meio, corrompidos por nós,
corruptos e corruptores. O real motivo para a sociedade assistir apática a toda
essa decadência não é apatia, mas cumplicidade.
Pedro Paulo Rodrigues
Cardoso de Melo,
Psicólogo Clínico,
Psicopedagogo
Professor
Universitário de Psicologia e Sociologia
Se pelo menos, cada um de nós
que teve a oportunidade de ler e compreender
as sutilezas deste artigo,
conseguisse sair deste gigante mensalão que é a
rotina de nós brasileiros,
já estaríamos
contribuindo e muito para amelhoria do nosso país.
Pense nisso com carinho… "
:-) Ao telefone
– Enganou-se no número. Aqui é da carpintaria.
– Eu sei, mas é que a janela não abre.
🙂
RECEITA PARA ATINGIR OS SEUS SONHOS
Abra os olhos para ver as coisas como realmente são.
Basta apenas acreditar em você mesmo.
Considere as coisas por vários ângulos.
Desistir é palavra que deve ser riscada do seu vocabulário.
Entenda a si mesmo para entender melhor seus semelhantes.
Família e amigos são tesouros escondidos, procure encontrá-los e desfrutar de suas riquezas.
Ganha mais quem faz e doa mais do que planejou.
Hoje aproveite a vida. O ontem já passou e o amanhã pode nunca chegar.
Ignore aqueles que tentam lhe desencorajar.
Já chegou a hora de agir. Faça agora.Aja!!!
Know-how, novas técnicas e preparo são fundamentais.
Leia, estude e aprenda sobre tudo o que é importante na sua vida.
Mais do que tudo, queira seus sonhos.
Nunca minta, trapaceie ou roube enquanto persegue uma boa meta.
Obtenha mais paz e harmonia evitando fontes, pessoas, lugares, coisas e hábitos negativos.
A prática leva à perfeição.
Quem desiste nunca vence e os vencedores nunca desistem.
Ressalte e defina seus objetivos e vá em direção a eles.
Sonhos são a matéria prima de qualquer realização. Apegue-se a eles.
Tome e assuma o controle de seu próprio destino.
Uma boa atitude positiva deve ser preservada sempre.
Visualize o que você quer.
Ponha energia em sua vida. Acelere seus esforços e faça acontecer.
Você é uma criação única de Deus, nada nem ninguém pode substituir você.
O “x” da questão é: zele por sua auto-estima. AME-SE MAIS.